"Durante muito tempo, os clínicos eram treinados para evitar planejar ou iniciar aquilo que aconteceria na terapia e para esperar que o paciente dissesse ou fizesse alguma coisa. Esperava-se que o clínico se sentasse passivamente e só interpretasse ou fizesse retornar ao paciente aquilo que este estava dizendo ou fazendo. O terapeuta também só podia oferecer uma abordagem, não importa quão diferentes fossem as pessoas ou os problemas que a ele chegassem.
E então a terapia passou de passiva para ativa.
A terapia pode ser chamada de estratégica quando o clínico inicia o que se desenrola durante a terapia e designa uma abordagem particular para cada problema. Quando um terapeuta e uma pessoa com um problema se encontram, a ação que ocorre é determinada pelos dois, mas na terapia estratégica a iniciativa é amplamente tomada pelo terapeuta. Ele precisa identificar problemas solucionáveis, estabelecer objetivos, planejar intervenções para atingir esses objetivos, investigar as respostas que recebe para corrigir sua abordagem, e, por ultimo, examinar o resultado de sua terapia pra verificar se foi efetiva. O terapeuta precisa ser realmente sensível ao paciente e ao seu campo social.
Milton H. Erickson pode ser considerado o mestre da abordagem estratégica em terapia. Há tempos é conhecido como o médico hipnotista mais proeminente do mundo. Desenvolveu a terapia estratégica para indivíduos, casais e famílias, sem o uso formal da hipnose e esta talvez seja sua abordagem menos conhecida. Utiliza sua habilidade para observar pessoas e os modos complexos como se comunicam, para motivar as pessoas. E também a concepção da pessoa como mutável, com idéias específicas de como tornar a pessoa mais autônoma."
Extraído do livro: Terapia Não Convencional de Jay Halley Summus Editorial